domingo, 13 de novembro de 2011

Nas ribanceiras do hipocampo

Tinha começado essa já há alguns anos, ficou retida até então, sem texto, só agora retomei, ou talvez ainda não.

Na verdade, esse é um discurso sem a menor pretensão de satisfazer teorias nem fundamentos estéticos, não passa de uma brincadeira narrativa com o que restou de imagens, outrora focais, agora elementos de um conjunto de sucata virtual, espólio pictórico de um pequeno acervo disperso por aí.

Até onde a pintura pode se aproximar da história, não faço ideia, creio que em algum momento essas duas expressões se acumulam e se cumpliciam. Pode ser que aqui tenha ocorrido essa função.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

É inegável a beleza dos momentos em que o sol, tão próximo do horizonte, marca a fronteira entre o dia e a noite.
Assim somos nós durante todo o nosso caminhar por esta vida passageira. Entre fazer o bem pelo simpres prazer de fazê-lo e o fazer esperando algo em troca, se encontra a tênue linha do amor incondicional. (Hoz)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Todos os dias o céu pinta um espetáculo diferente para celebrar a Vida e o oferece a todos os seres, mas somente àquele que volta o seu olhar para o alto lhe é concedido o prazer de admirar seu presente de cada dia. (Hoz)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Uma praça querida num blog querido

Depois de tanto tempo sem postar um único desenho, eis-me aqui olhando para este Blog e pensando porque será que ainda o mantenho se não estou cuidando dele.
Um fato, inédito em minha vida, ocorrido hoje, me fez lembrar deste espaço querido, mas tão negligenciado por mim nestes últimos meses.
Em meados de 2010, coloquei no papel um pouco do meu sentimento em relação a uma das praças da minha cidade natal e assim nasceu uma despretensiosa crônica com o nome “Um olhar amoroso sobre a praça Getúlio Vargas”. Para minha grata surpresa, hoje ela se encontra estampada na segunda página do jornal local.

E para que possa ser vista também pelos queridos visitante, ei-la abaixo.

Um olhar amoroso sobre a Praça Getúlio Vargas


Quero muito em breve ir à Praça Getúlio Vargas.
Quero apreciar bem cada árvore, cada galho, cada canto, cada banco.
Quero ver bem o piso, o coreto, os jardins, ou o que resta de tudo isso.
Quero olhar muito tudo aquilo, ainda e sempre no meu coração.
Vou lembrar de momentos da minha infância em que brinquei na Praça Getúlio Vargas, sob o olhar cuidadoso de minha mãe.
Lembrarei-me, com certeza, dos bailes do Ituiutaba Clube, das paradas do 7 de setembro, das manifestações políticas, de muitos carnavais, das singelas quermesses, dos domingos ensolarados, das noites estreladas e do luar que iluminava os namorados.
Vou me recordar das histórias que vivi e das histórias que me contaram de quando havia rosas na Praça Getúlio Vargas.
Lembrarei dessas histórias e de outras, de momentos, fatos, acontecimentos
e lendas que fizeram da Praça Getúlio Vargas ser este espaço emblemático na vida dos tijucanos.
Quero ver tudo, lembrar de tudo, para não esquecer nunca mais.
Quero guardar, de cor - no coração - tudo que a praça tem e teve, foi e corre o risco, de não ser mais.
Pode ser que amanhã a praça já não exista mais.
Sinto a praça perder seu sentido, seu significado, sua importância e respeito.
Estão acabando com a nossa praça, na desculpa de sua revitalização.
Quando a vi pela última vez ela era um mero canteiro de obras.
Acabar com a Praça Getúlio Vargas é acabar com a nossa memória, nossos sentimentos, sentidos, com parte de nossa história.
Poetas já disseram que sem memória, o que é a vida?
Sem a Praça - porta-jóias da nossa memória – o que será da nossa cidade?
O que é uma cidade sem parte de sua memória?
Ela existe? Onde? Onde mora a cidade, senão na nossa memória e no nosso coração?
A Praça Getúlio Vargas é mais que um lugar de lazer, de recreação, de quimeras.
A Praça Getúlio Vargas já foi palco de inúmeros eventos que marcaram a nossa história.
O destino de muitos, foi traçado ali. Ali muitos sonharam com seu futuro.
Foi nos bancos da Praça Getúlio Vargas que gerações se encontravam, que jovens amavam sonhando. Foi em seus bancos que empresários edificaram seus empreendimentos, que professores se tornaram mestres, alunos aprenderam
a ser.
Foi na Praça que outros muitos projetaram suas vidas para o futuro, projetaram seus vôos e foi na mesma Praça que tantos taxista por anos a fio fizeram “ponto” aguardando a próxima corrida que lhes daria o seu pão de cada dia.
Na Praça Getúlio Vargas, celebraram vitórias, conquistas.
Por ali passaram nossos pais, nossos avós, bisavós e todos outros que vieram
antes de nós e deixaram sua contribuição para a cidade ser o que hoje é.
A Praça Getúlio Vargas é mais que uma praça, um lugar com canteiros, bancos
e árvores - é um espaço de saber, de sonhos, de encontros e despedidas, de religiosidade, de festa e consagração, de vitória, de exaltação, é um espaço mítico, simbólico, sagrado, um espaço de vida.
Largar a praça à deriva é tirá-la do seu contexto, é desvirtuá-la, é simbolicamente, naufragar parte do coração da cidade.
É alterar seu significado... Quebrar o seu encanto.

domingo, 29 de agosto de 2010

Não importa até onde você é capaz de chegar, o que importa é o que você vai fazer depois de ter chegado. (Hoz)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A paz começa em você, ela não é um período de tempo e não está nas paredes de um templo. Encontre-a em todo lugar e depois a leve aonde você for. (Hoz)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Por mais que o Homem eleve as suas edificações, se não elevar também o seu Espírito, de nada lhe terá adiantado tanto talento. (Hoz)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Cecília Meireles

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(…) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(…) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."

"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)


sábado, 5 de setembro de 2009

Inspirado em Monet

sábado, 29 de agosto de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho.
Começou a escrever os seus primeiros textos aos quatorze anos de idade
Ao completar cinquenta anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo".
Nesta fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que
escolhera para si muitos anos atrás.
Os elementos folclóricos que faziam parte do cotidiano de Ana serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse a dona de uma voz inigualável e sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro-Oeste brasileiro.
Senhora de poderosas palavras, Ana escrevia com simplicidade e seu desconhecimento acerca das regras da gramática contribuiu para que sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma. Preocupada em entender o mundo no qual estava inserida, e ainda compreender o real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da Cidade de Goiás, que permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho para atingir a mais alta riqueza de espírito.

“Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.”
(Ana...ou melhor Cora Coralina)

domingo, 2 de agosto de 2009

Mileide. É o nome Dela.
É preciso que voces a conheçam um pouco. Este ser humano com a mente e coração do tamnaho do universo. Que sabe brincar com as letras e com elas fazer verso.
Fui em busca disto, trouxe algumas palavras escritas por Ela.
"Eu sou uma Mileide, muito prazer. Só sei ser assim: “Mileideana”. Eu não entendo nada sobre o mundo e fico buscando, sempre. Uma busca incessante, que vai dar em... Eu não sei dizer.
Eu fico desesperada e furiosa com certas coisas, mas eu enfrento sempre. Meu medo é o pior de mim, mas eu sigo em frente. Pernas tremendo, vergonha, frio na barriga, voz quase sumindo, mas, com o disfarce de mulher segura que sempre cola e, olhos a diante, cabeça erguida. Direção? Meu foco. Vez por outra olho pro chão também, às vezes há moedas reluzentes e eu saio ganhando.Eu nunca me esqueceria de dizer: SOU NEGRA! Eu nem nunca me envergonharia de gritar: SOU MESMO! Mentira, melhor ainda, eu diria: orgulhosamente o sou. Não negaria jamais em tempo algum. Não posso lhes dizer que sei ao certo o que isso significa, dignifica, amplifica e quais são todas as consequências, mas eu adoro meu estado permanente de nascença, meu modo, minha carne, meu jeito, meu tudo, meu espírito, meu orgulho, minha cultura, meu cabelo, meu corpo e meu fenótipo e minha inteligência. Minha pele toda preta. Eu adoro as descobertas que faço de mim mesma. Porque eu sou uma incógnita perfeita, verdadeira e quase... Indecifrável.
... Minha liberdade é limitada, mas ultimamente tenho andado solta. Eu saio por aí toda corajosa. Eu digo coisas que nem imaginava poder. E olhem só: eu posso. Eu posso e possuo o inimaginável.
E eu posso quase tudo que eu quero. Só não posso ainda o que ainda não sei que quero, mas hei de querer e saber. “Querência” é meu estado pleno, eu vivo assim... Querendo."

quinta-feira, 30 de julho de 2009


Assim eu a leio:
Emoção é a palavra que traduz a sua essência. A emoção manda e domina seus passos, tanto nos momentos de alegria quanto nos de tristeza. É dócil e tranqüila, com uma certa tendência à nostalgia. Romântica e extremamente sensível. Movida e orientada pelos sentimentos. Ama com intensidade. Quando se fala em sentimentos tudo lhe fica mais intenso. Uma pessoa de muita sabedoria que sabe lidar com a vida com determinação, força, leveza e elegância ao mesmo tempo.
Escritora e poeta do novo tempo.

“Pequeno anjo de grandes pensamentos, de palavras rubras e fraseadas, de pensamentos soturnos e sonhadores... Sorrisos, olhares, vestidos. Carinhos, caminhos, destinos. Mistério, amor e cílios... Polissêmica, ambígua, plurissignificativa, mulher feita de verso e prosa e empoemamento”. (Poetíssima)
"E dar as rosas era quase tão bonito como as próprias rosas", escreveu Clarice Lispector no seu conto A Imitação da Rosa.
Fui buscá-lo esta noite, talvez pela necessidade de encontrar no pensamento alheio um enunciado do que seja a amabilidade na generosidade de aceitar.
Achei-o na sua frase "A uma coisa bonita faltava o gesto de dar".
Uma mulher que assim pensa, entrega-se à vida, para que ela lhe esgote o ser.
Disse-o: "Através de meus graves erros - que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles - é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada".

domingo, 26 de julho de 2009

Eis!
Aqui sem o nome, para que você possa olhar, analisar, reconhecer (ou não), reverenciar, se dela gostar tanto quanto eu e por fim falar. Ah...Sim, por favor, fale-me!
E eu...Eu poder, assim, saber se o desenho é fidedigno.
Então, se você conhece este rosto. Por favor, diga-me.
Escreva aqui e fale o que pensa e acha.
Eu aguardo, espero e ansiosamente continuarei a esperar, o tempo que for preciso.

Ao mesmo tempo em que ousava desvelar as profundezas de sua alma em seus escritos, Ela costumava evitar declarações excessivamente íntimas nas entrevistas que concedia, tendo afirmado mais de uma vez que jamais escreveria uma autobiografia. Contudo, nas crônicas que publicou no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, deixou escapar de tempos em tempos confissões que, devidamente pinçadas, permitem compor um auto-retrato bastante acurado, ainda que parcial. Isto porque Ela por inteiro, só os verdadeiramente íntimos conheceram e, ainda assim, com detalhes ciosamente protegidos por zonas de sombra. A verdade é que esta escritora, que reconhecia com espanto ser um mistério para si mesma, continuará sendo um mistério para seus admiradores, ainda que os textos (confessionais ou não) possibilitem reveladores vislumbres de sua densa personalidade.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Estes desenhos, na maioria foram criados, construídos, durante um determinado período de minha vida. Nessa época, eu desenhava e lia, lia e desenhava. Fiz diversas releituras e refiz diálogos com alguns poetas.
No percurso de reaproximação senti a necessidade de dar um rosto, desenhado por mim, a cada poeta eleito, mas desenhar rosto era praticamente impossível. Depois de várias frustradas tentativas, deixei a idéia de lado.
Mas continuei desenhando e lendo. Como sempre digo, minha arte são traços e cores, mas a distância entre os meus pensamentos e a poesia, é como o bater de asas do beija-flor.
Com os desenhos visitei alguns poetas cujos poemas me habitam e são como memórias ou testemunhas de vida, na redescoberta de cada poeta, pelas palavras, pelas vivências singulares na construção de mundos, pela partilha das contradições, pelos encontros, pelos acordos entre as pequenas e grandes coisas do dia a dia, pelo poder perder-me infinitamente, no saber-me solitária e solidária.

Muitos poetas e seus poemas com certeza ainda me são pouco conhecidos, mas é na construção destas pontes que há a possibilidade de uma partilha poética pelo idioma que nos é comum, com as suas deliciosas diversidades, e pelo desenho que é universal.
Retornou-me o desejo de desenhá-los. Traçar estes retratos faz-me urgente fazê-lo no meio dos escritos, nas estantes perto dos poemas, no seu habitat: a palavra, o livro, a biblioteca e a livraria.
Assim, estão nascendo alguns desenhos... Os retratos dos poetas sob os traços de meu pincel digital ao som das suas palavras.

Em breve, os primeiros estarão aqui, sob seu olhar crítico e se possível seu comentário analítico.

Em breve!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Coração é terra que ninguém vê

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos e nos espinhos me feri.

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata nada criei.

Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu na terra
dura da ingratidão.

Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração.

Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia.
Porta fechada, foi que encontrei...

(Cora Coralina)

domingo, 19 de julho de 2009

Sempre gostei de usar lápis... Sempre gostei de poder escrever sem ter que riscar. É fácil passar borracha. Meu coração é escrito à lápis. Apago nomes, escrevo outros, apago e reescrevo. Quantas vezes eu quiser. Sempre achei que meu coração não falava comigo, que não me obedecia, que não me queria. Quanta bobagem. Na verdade eu escrevo sem perceber, e apago sem querer. O coração é meu e de mais ninguém. Sofrer não é desculpa de não controlar... É desculpa de não saber que pode apagar, porque quando a gente quer... a gente apaga!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009



Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora. Por isso, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de flocos, um sofá pra eu ver dez episódios de 'House', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere embrulhado pra presente, não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

terça-feira, 14 de julho de 2009


Hoje eu faço aniversário, mas quem recebe presente é você!
Hoje eu te presenteio com minha oração e meu desejo de que hoje se realize tudo o que você quer. Que a Paz de Deus e o frescor do Espírito Santo estejam em seus pensamentos, domine a noite em seus sonhos e seja sobre todos os seus medos. Que Deus se manifeste de uma maneira jamais experimentada por você. Que seus desejos sejam atendidos, inclusive seus sonhos mais íntimos e, suas orações sejam respondidas. Minha oração é para que você tenha mais Fé. Minha oração é para que seus espaços sejam aumentados. Minha oração é pela sua Paz, Cura, Saúde, Felicidade, Prosperidade, Alegria e um Verdadeiro e Eterno Amor a Deus.
É preciso saber sempre quando se acaba uma etapa da vida. Se insistirmos em permanecer nela, depois do tempo necessário, perderemos a alegria e o sentido do resto. Fechando círculos, fechando portas ou fechando capítulos, como queiras chamar, o importante é poder fechá-los, deixar ir momentos da vida que se vão enclausurando.
Não podemos estar no presente sentindo falta do passado. O que aconteceu, aconteceu.
Os acontecimentos passam e temos que deixá-los ir! Por isso, às vezes é tão importante esquecer de lembrar, trocar de casa, rasgar papéis, jogar fora presentes desbotados, dar ou vender livros…
Deixar ir, soltar, desprender-se… Na vida ninguém joga com cartas marcadas, e temos que aprender a perder e a ganhar.
O passado passou: não esperemos que nos devolvam.
Já não somos o mesmo que fomos há dois dias, há três meses, há um ano… portanto, nada tem que voltar. Fechemos a porta, viremos a página, fechemos o círculo!
Nunca seremos os mesmos, nem o mundo à nossa volta, porque a vida não é estática.

sexta-feira, 10 de julho de 2009



“A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê, já passaram-se 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado. Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olharia o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas. Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.” (Mário Quintana)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

“Caminhos incertos, rumos distintos. Não! Não quero os méritos; apenas vagar nos labirintos. Procuro a vida que me existe nem feliz nem triste. Vivo, por assim dizer, sem obrigação com o dever. Quando a tristeza tenta tomar minha alma, mostro-lhe minha calma e fujo dela com destreza. Também fujo da felicidade, pois ela só vem me procurar para me fazer sonhar com sua falsa eternidade. Das duas hei de escapar; deixo-as, sem nelas acreditar. E a elas não mais me dou, pois em mim, já não estou. E que venha a vida! De guerra ou de paz, feliz ou sofrida... Para mim, tanto faz.”


terça-feira, 7 de julho de 2009

Não é nada fácil falar de nós mesmos ou sobre nós, uma vez que temos tanto a dizer, que nem mesmo através de uma autobiografia, creio fosse suficiente. Porém, através dos meus desenhos, aqueles que tiverem oportunidade de ver, não apenas olhar, simplesmente, podem navegar mansamente por minha alma. Sou tão-somente uma pessoa como tantas outras, com um dom, que alguma lei maior deu-me gratuitamente e, se o tenho, por que não dividir com aqueles que têm a mesma sensibilidade, não é mesmo?
Com aqueles que gostariam de se expressar, seja por meio de palavras escritas, faladas ou cantadas, ou ainda de qualquer outra forma gerada de suas mãos, deixando que apenas seu coração dite o que necessita dizer.

Com aqueles que simplesmente apreciam e valorizam as obras de outros entes, sejam eles conhecidos ou não.
Portanto, sou apenas mais uma, dentre tantas que deixa extravasar sua alma e assim, multiplico-me, dividindo-me para somar, tentando através dos meus desenhos, transformar tristeza em alegria e o pranto em mais uma canção, assim como nas imagens, onde desnudo minha alma.

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro..." (Clarice Lispector)

domingo, 5 de julho de 2009

sábado, 4 de julho de 2009



"A monocromia quebrada pelo amarelo das vidraças e pelas gotas de cor das flores é um encanto harmonioso. Existe luz por trás dessa janela, lá existe cor e vida que as flores do lado de fora muito bem confirmam e se alegram!" (Yeda Arouche)
Quando se fecha uma janela deixando para trás a seqüela, carrega-se consigo a dor do amor que não se apaga... Que sempre vira chaga, deixando feridas expostas como respostas a um amor que se foi... Quando se fecha uma janela abrindo outra em seguida, não se lembrara mais da despedida, da dor, ou da ferida... Será sempre um novo amanhecer, outros amores virão... Trazendo consigo o balsamo da cura nesta luta que sempre perdura.
"Árvore de sólidas raizes, que tem sua copa protetora e que ao buscar as alturas... nos dá vôo. Eu e você teremos que mantê-la assim altaneira e aos céus sempre!" (Yeda Arouche)

quinta-feira, 2 de julho de 2009



Vida é preciso, virar páginas!! Como cada dia que se vai, enquanto outro se chega. Não há nada de errado nisso, apenas continuar o caminho, que é preciso. Mas o que sentimos, fica. Fica nas nossas memórias, como lembranças das páginas passadas. Nas seduções das canções. Nos escritos dos nossos diários. Nos cheiros, nos momentos vividos. Nas alegrias, compartilhadas. Nos choros, inevitáveis. Nos olhares, que foram trocados. Nos carinhos e desejos, muito sentidos. No sol que nasce e se põe...para nascer novamente...
Um grito rouco ecoa acima dos miasmas do contemporâneo. Um surto, surdo que sopra e desmente. Um cabedal de instruções a pagar, de resgates, de recomeços. De sonhos esvaindo-se por entre momentos, dos dedos sujos da terra, onde se enterram mortos, os ideais. Dos sonhos da infância contada em versos ritmados, como a batida da estaca que feriu e serviu de símbolo de prisão. Das asas partidas, cortadas, esfoladas, como se faz com o próprio viver. Chega o tempo do brotar dos pelos, de crescer as penugens da nova asa do vôo. Abrir a janela do sol e não ver somente a luz. Sentir seu sentido, do calor que transforma a transformação e começa o recomeço. Meus passos são vagos como a minha visão de caminhos.
Me escancare a janela do novo e me mostre o altar dos sentidos.
Além dos que já são e se escondem nas brumas da grande grandeza do infinito.


De quando em quando, é imprescindível que dialogues contigo mesmo. Que te contemples, a sós, na face espelhada da consciência. Que te indagues quanto aos teus propósitos na vida. Que efetues honesto balanço de tuas ações. Que não sustentes qualquer ilusão a teu respeito. Que não representes para ti mesmo. Que te desnudes no silêncio de tuas reflexões. Que te vejas como não ousas mostrar-te aos outros. Que analises as tuas tendências e conheças as tuas inclinações. Que estejas com Deus, sem que ninguém mais esteja contigo.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

"Hoje eu quero dizer: Adorável. Adorável. Adooorável.
Como é bom Adorar...Você já experimentou?
Eu quero dizer.... Ei, Eu te Adoro! Ei, Eu adoro você!
Adorar é exagero.
Eu sou exagerado...
Infinitamente..."
(ChicO)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Até que o tempo calmamente te traga de volta
Sonhei que eu podia parar o tempo...E que este senhor eterno podia me obedecer...fixaria a euforia, pararia teu olhar no colorido dos brinquedos, deixaria o ardor da paixão distraído, te aquecendo o peito. E se olhasse para mim desejando seguir livre, trilhar a estrada do caminhante solitário prepararia pra levar o pão, o mel e a água...E ficaria a esperar na estrada...Até que o tempo calmamente te trouxesse...E quando ao acordar eu me senti carregando as tuas dores, não lamentei por elas, senti orgulho de doer meu peito, pois vc está no seu direito. E lembrei-me que o Arqueiro enxerga o alvo no caminho do infinito e empresta-me Sua força para que minhas flechas possam voar rapidamente e à distância. Ainda bem que o amor é mesmo insano! Se assim não fosse, eu pararia o tempo.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Há vida lá fora
“E "Há vida lá fora!" Há tanta vida lá fora que, nós não calculamos, não é Lelê?? Sua janela é das mais belas minha querida Helenice, essa e tantas outras que você já pintou, mas é que essa... essa eu amo! Amo de coração aberto tal qual ela e com muita verdade, e amo assim... quebrada! É tão mais natural, sutil e real ser quebrado! É cada lasca enfiada na vida e na existência da gente, são tantas coisas! Dá vontade de pular a tua janela (Para dentro e para fora, toda hora!). E ficar de pé nela, segurando na parte que está meio quebrada, só para sentir este risco, de talvez... cair! Dá vontade Olhar pela janela da Adélia... Eu acho que ela adoraria ver a vida pela tua janela, isso daria um poema dela! E vocês teriam uma única janela, das duas... Tão cheia de Arte seria! Tem mais... Essa é uma janela de possibilidades. De vida, dentro e fora e mesmo! Nós nos encantamos com tanta vida! Tem um Sol entrando ali, não é? Ou será só o raio?

Não importa o importante é que entra e entra profundo como o mar! O raio entra no profundo do seco. No profundo de mim, E existir é tão, "inumano", porque, não sei, mas sempre sabemos que vamos ou que estamos morrendo, aos poucos. Existir é mesmo qualquer coisa de misterioso, Tua janela nos dá uma esperança diferente, Lelê. Uma existência de pulos. É distinto viver pulando! Dá para ver alguém fugindo por ela, saltando ela, desesperado, fugitivo, quebrado, cheio de amor no peito, indo amar, talvez! Ela deu passagem ao amor, não deu? Eu tenho tanta certeza, como se fora meu amor passado, saltando-a saltitante!. É a certeza de quem sentiu, sabe?

E "Há vida lá fora!" Há tanta vida lá fora que, nós não calculamos, não é Lelê?? Sua janela é das mais belas minha querida Helenice, essa e tantas outras que você já pintou, mas é que essa... essa eu amo! Amo de coração aberto tal qual ela e com muita verdade, e amo assim... quebrada! É tão mais natural, sutil e real ser quebrado! É cada lasca enfiada na vida e na existência da gente, são tantas coisas! Eu também gosto das plantas lá fora. De um mato bonito, bonito... Mas eu gosto mais é da marca que o Sol faz sombra na parede. É tão delicado, quem pensaria nisso!? Hã!? Quem? Você!
ChicO, um poeta admirado de tanta belezura! Ái, essa janela...”

terça-feira, 23 de junho de 2009

"Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz."

terça-feira, 16 de junho de 2009

Momo

Homenagem à amiga Mônica Ramos, cantora e compositora, uma pessoa ímpar, que muito cedo voltou para o mundo de onde veio...junto aos anjos. Saudades!